quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Tudo a seu tempo

Sempre lhe demos espaço para que evoluísse ao seu ritmo, sem pressões, sem stress…
Em vez de engatinhar para a frente como se espera de um bebé, ele só engatinhava em marcha atrás, o que nunca o impediu de chegar aonde queria. Aos treze meses iniciava a marcha normalmente.
A fralda,
largou-a definitivamente um mês antes do seu terceiro aniversário.
Em conversa com as minhas colegas em que elas contavam alegremente as “saídas” dos seus rebentos, (naquela idade em que tudo o que eles dizem tem muita graça) eu comentava que o meu filho nunca me contava nada. Ríamo-nos, cumplices… Não podia, pois aos três anos não articulava uma palavra. Contudo, passados quatro meses do seu aniversário começou a falar, expressando um discurso coerente e bastante diversificado.
Em relação à linguagem, sempre achei curiosa a forma como enriquecia o seu vocabulário. Quando escutava determinada palavra cujo significado desconhecia, perguntava-nos o que queria dizer. Explicávamos-lhe e ele ficava satisfeito. Julgo que processava e arquivava a informação. Passado algum tempo, às vezes tanto, que já nem nos lembrávamos, no decorrer de uma conversa, em que o contexto proporcionava, ele introduzia uma palavra nova.
Tem sido sempre assim. Põe em prática as competências estipuladas pelos especialistas para determinada idade, não quando nós achamos que as deve por, mas sim quando sente que está preparado para as demonstrar sem risco de falhar (se não o acompanhasse em praticamente todas as horas livres, suspeitaria que as treina em segredo).
Por isso, compreendemos que só aos nove anos se sinta à vontade para “desbravar” certos caminhos, que para uma criança dita “normal”, se iniciam mais cedo.